Pular para o conteúdo principal

Embraer KC-390, um jato 49% dos EUA

Prestes a encerrar a fase de homologação e começar a ser entregue para o serviço ativo, o KC-390 deverá ganhar mais uma nacionalidade. 


Revista ASAS

De acordo com os detalhes do acordo Embraer-Boeing, os norte-americanos terão 49% do capital do projeto. Os 51% restantes ficam para os brasileiros.

Resultado de imagem para kc-390 embraer
Embraer KC-390 | Reprodução

Além de ter identificado a demanda, concebido, construído e testado o KC-390, por meio da Embraer, o Brasil também já investiu mais de R$ 10 bilhões no projeto através de contratos da Força Aérea Brasileira. Foram R$ 3 bi, a partir de 2009, para o desenvolvimento do projeto. E em 2014 foi assinado um novo contrato de R$ 7,2 bi para a construção de 28 aeronaves para a FAB.

A Boeing, por outro lado, promete trabalhar na comercialização das aeronaves e no suporte pós-venda. A montagem de futuros KC-390 também poderá ocorrer nos Estados Unidos.

Há ainda cartas de intenção de seis unidades para a Força Aérea da Argentina, seis para o Chile, doze para a Colômbia, duas para a República Tcheca, seis para Portugal e seis para a empresa portuguesa Sky Tech. Vale lembrar que a Embraer contou com a participação de empresas da Argentina, Portugal e República Tcheca para desenvolver a aeronave.

O projeto do KC-390 terá um conselho de administração próprio. Um membro será indicado pela Boeing e quatro pela Embraer, sendo um deles designado pela Força Aérea Brasileira.

Se não der certo, há uma porta de saída. Depois de dez anos de parceria, a Boeing pode sair do negócio vendendo toda a sua parte por um dólar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Curtis P-36 na FAB

Em meados da década de 30, o Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos - USAAC solicitou a realização de uma concorrência nacional com o objetivo de efetuar a substituição dos veteranos caças Boeing P-26 "Peashooter" em suas unidades de combate. Por Aparecido Camazano Alamino Participaram do evento inúmeros concorrentes, porém os projetos da Indústria Seversky, com o seu Seversky P-35, e o da Curtiss-Wright Corporation, denominado de Curtiss P-36, foram escolhidos como os finalistas. Após as rigorosas avaliações realizadas pela Aviação do Exército Americano, o Curtiss P-36 foi a aeronave escolhida. Curtis P-36 Hawk | Reprodução Em julho de 1937, as primeiras unidades de caça do USAAC começaram a operar o novo caça, que também despertou o interesse de várias nações como a França, que iniciou a sua montagem sob licença, e a Inglaterra. O enorme desenvolvimento dos caças no início da Segunda Guerra Mundial, praticamente ofuscou o P-36, que já saiu praticamente ultrap...

FMA IA 58 Pucará

O FMA IA 58 Pucará (do termo quechua: «Fortaleza») é um avião bimotor turboélice de combate ligeiro, desenvolvido e fabricado pela Fabrica Militar de Aviones da Argentina, na década de 1970.  Wikipedia É projetado para operar em pequenas pistas de terra e sua missão primordial é de apoio à forças terrestres, combate anti-helicópteros e missões de contra-insurgência. FMA IA 58 Pucará Foi utilizado na Guerra das Malvinas. Desenvolvimento Nos anos 1960, a Guerra do Vietnã demonstrou que aeronaves de ataque ao solo convencional não eram eficientes no combate aos guerrilheiros vietcongs. Assim, a indústria de aeronaves militares mundial iniciou o desenvolvimento de diversos projetos para atender essa necessidade. Em 1966, a Dirección Nacional de Fabricación e Investigación Aeronáutica (DINFIA), estabeleceu parâmetros para o desenvolvimento de uma aeronave de ataque leve. Assim surgiu o projeto AX-2. Para acelerar a construção, a DINFIA utilizou o projeto do IA 50 Guaraní I...

JF-17 Thunder - o trovão paquistanês

Após mais de duas décadas envolvida com o desenvolvimento de um caça em parceria com a China, a Força Aérea do Paquistão (PAF) colocou em serviço, em 2010, o caça multifunção JF-17Thunder. Rudnei Dias da Cunha | Revista Força Aérea Desde sua independência em 1947, o Paquistão se envolveu em duas guerras com o seu vizinho e tradicional rival na região, a Índia, em 1965 e em 1971. Em ambas, o Paquistão sofreu com a sua dependência de material bélico norte-americano, o que chega a causar certa estranheza, uma vez que o Paquistão era aliado dos EUA na região e membro de duas organizações de defesa, a CEATO e a SENTO. Na guerra de 1965, o principal caça empregado pela PAF era o F-86F Sabre; na guerra de 1971, a PAF era dotada dos avançados F-104G Starfighter. Como ambos os caças eram de fabricação norte-americana, a necessidade de manter abertas as linhas de surpimento para os mesmos era o calcanhar de aquiles da PAR; e, em ambas as guerras, os EUA, de imediato, impuseram sanções e est...